quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Homenagens ao Centenário de Raquel de Queiroz

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 Raquel de Queiroz completaria 100 anos nesta quarta- feira 17/11
No dia do centenário de Raquel de Queiroz todo o Brasil prestou homenagem a escritora brasileira, inclusive o senado federal.
    Rachel de Queiroz completaria 100 anos nesta quarta-feira, dia 17


Senado presta homenagem ao centenário de Rachel de Queiroz

Na homenagem, o senador ressaltou a vida intensa e fecunda da escritora cearense.
Ao homenagear o centenário de Rachel de Queiroz, em sessão solene no Senado Federal, o senador Inácio Arruda saudou a primeira mulher a integrar a Academia Brasileira de Letras, ressaltando a vida “intensa e fecunda” da escritora cearense, que viveu quase 93 anos, mas com apenas 20 foi rapidamente reconhecida e aclamada por intelectuais do porte de Mário de Andrade, Augusto Frederico Schmidt, Graça Aranha, Agripino Grieco e Gastão Cruls. “A petulância da juventude”, como chamara a transformou numa romancista, lembrou o senador.

A sessão solene em homenagem ao centenário de Rachel de Queiroz no Senado Federal foi uma iniciativa do senador Inácio Arruda, através do requerimento N° 256/2010, aprovado no plenário do Senado. Ele aproveitou a ocasião para distribuir com os presentes cópias do fac-símile manuscrito do livro O Quinze. O manuscrito foi disponibilizado por José Mindlin, presidente da Sociedade de Cultura Artística e colecionador de livros raros desde os treze anos de idade, além de ter sua publicação autorizada por Maria Luiza de Queiroz Salek, irmã da escritora.

Representando a família de Rachel de Queiroz, a editora de suas obras, Maria Amélia Mello. Na ocasião foi distribuída a publicação “Letras”, editada pela Fundação Demócrito Rocha, especialmente para celebrar o centenário da escritora.

A comemoração do centenário de nascimento de Rachel de Queiroz, segundo o senador Inácio Arruda, é uma justa homenagem a esta mulher singular. “Que a nostalgia gerada por sua ausência no cenário intelectual brasileiro nos remeta, usando uma imagem de uma crônica da própria Rachel, a um cheiro de alfazema e mocidade”. E finalizou recorrendo ao poeta e acadêmico Manuel Bandeira, ao escrever o "Louvado para Rachel de Queiroz", em virtude do cinquentenário da escritora:



Louvado para Rachel de Queiroz

Louvo o Padre, louvo o Filho,
O Espírito Santo louvo.
Louvo Rachel, minha amiga,
nata e flor do nosso povo.
Ninguém tão Brasil quanto ela,
pois que, com ser do Ceará,
tem de todos os Estados,
do Rio Grande ao Pará.
Tão Brasil: quero dizer
Brasil de toda maneira
-- brasílica, brasiliense,
brasiliana, brasileira.


Louvo o Padre, louvo o Filho,
o Espírito Santo louvo.
Louvo Rachel e, louvada
uma vez, louvo-a de novo.
Louvo a sua inteligência,
e louvo o seu coração.
Qual maior? Sinceramente,
meus amigos, não sei não.
Louvo os seus olhos bonitos,
louvo a sua simpatia.
Louvo a sua voz nortista,
louvo o seu amor de tia.
Louvo o Padre, louvo o Filho,
o Espírito Santo louvo.


Louvo Rachel, duas vezes
louvada, e louvo-a de novo.
Louvo o seu romance: O Quinze
E os outros três; louvo As Três
Marias especialmente,
mais minhas que de vocês.
Louvo a cronista gostosa.
Louvo o seu teatro: Lampião
e a nossa Beata Maria.
Mas chega de louvação,
porque, por mais que a louvemos,
Nunca a louvaremos bem.
Em nome do Pai, do Filho e
do Espírito Santo, amém.
  

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